A recente queda na aprovação do presidente Lula, conforme indicado pela pesquisa Genial/Quaest divulgada recentemente, tem gerado preocupações entre os ministros do governo. Diante desse cenário, há um consenso sobre a necessidade de Lula adotar uma postura mais conciliadora, especialmente em questões de costume, como aborto, invasão de terras e legalização das drogas.
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A pesquisa revelou que as críticas de Lula a Israel resultaram na diminuição da sua avaliação, atingindo o nível mais baixo durante seu terceiro mandato, especialmente entre os evangélicos, grupo que historicamente se alinha ao bolsonarismo. A desaprovação ao presidente aumentou de 43% para 46%, enquanto a aprovação recuou de 54% para 51%. No segmento evangélico, a desaprovação saltou de 56% para 62%, enquanto a aprovação caiu de 41% para 35%.
A avaliação negativa do governo também registrou um aumento de cinco pontos percentuais, atingindo 34% e aproximando-se da avaliação positiva, que se manteve em 35%. A análise no Palácio do Planalto destaca a dificuldade do governo em conectar-se com públicos específicos, como os evangélicos, desafiando a ideia de que o desempenho econômico seria suficiente para conquistar esse eleitorado.
Diante desse contexto, ministros aliados sugeriram que Lula adote uma postura mais clara contra a descriminalização do aborto em seus discurso. Essa recomendação surge após a controvérsia em torno de uma nota técnica do Ministério da Saúde que gerou críticas da oposição sobre a liberação do aborto, levando a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a suspender a medida.
A pesquisa também apontou que a desaprovação entre os evangélicos aumentou significativamente após Lula comparar as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto. A falta de diálogo direto com líderes religiosos, aliada a essa postura, pode ter contribuído para a queda da aprovação nesse grupo. Nesse contexto, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) busca uma reunião entre Lula e líderes religiosos de esquerda como uma estratégia mais eficaz do que mudanças legislativas para reverter essa tendência.
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