Em um pronunciamento nesta segunda-feira (11), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, admitiu que o apelo do Papa Francisco por negociações de paz na Ucrânia é “compreensível”. Apesar da postura receptiva, Peskov acusou o governo ucraniano de recusar o diálogo, acreditando em uma “vitória do Ocidente” no conflito.
Zelensky rejeita mediação do Papa e nega negociações com Putin
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recusou a proposta do Papa Francisco de “levantar a bandeira branca” e negociar com a Rússia. Segundo Zelensky, a iniciativa do pontífice faz parte de uma “mediação virtual” e não representa uma solução viável para o conflito. Ele reforçou que as negociações com o presidente russo, Vladimir Putin, são impossíveis, conforme decreto assinado em 2022.
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Rússia culpa Ocidente por prolongar a guerra e rechaça “derrota estratégica”
Peskov criticou o apoio do Ocidente à Ucrânia, classificando-o como um “erro” que contribui para a prolongação da guerra. Ele negou a possibilidade de uma “derrota estratégica” da Rússia no campo de batalha, afirmando que o curso dos acontecimentos demonstra a força do país.
Ministério das Relações Exteriores da Rússia interpreta fala do Papa como crítica ao Ocidente
A porta-voz do Ministério, Maria Zakharova, interpretou o apelo do Papa Francisco como um pedido ao Ocidente para reconhecer que o apoio à Ucrânia foi um erro. Segundo ela, o pontífice estaria incentivando as nações ocidentais a abandonarem suas ambições e admitirem suas falhas.
Tentativas de negociação e futuro incerto
Propostas de cessar-fogo enviadas por Putin foram rejeitadas por países intermediários, como os Estados Unidos. A cúpula de paz sobre a guerra na Ucrânia, prevista para este semestre na Suíça, não contará com a presença da Rússia, de acordo com Zelensky.
Mesmo após a afirmação do porta-voz do Kremlin, o futuro da guerra na Ucrânia permanece incerto. As negociações entre as partes envolvidas estão em um impasse, e o apoio do Ocidente à Ucrânia pode sofrer alterações com a possível vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro.
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