Cessar-fogo entre Israel e Hamas: principais pontos do acordo

Um cessar-fogo entre Israel e Hamas está próximo de ser formalizado. O acordo inclui a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos e prevê, em sua primeira fase, uma trégua temporária, além do aumento do fluxo de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

Primeira fase: libertação de reféns e prisioneiros

Na primeira fase, prevista para durar 42 dias, o Hamas deve libertar 33 reféns capturados em 7 de outubro de 2023. Em contrapartida, Israel libertará centenas de prisioneiros palestinos, incluindo condenados a penas perpétuas.

Quem são os reféns?

• Total: 94 pessoas capturadas em outubro de 2023
• Nacionalidades: 84 israelenses, 8 tailandeses, 1 nepalês e 1 tanzaniano
• Reféns mortos confirmados: pelo menos 34

Israel já se prepara para apresentar a lista de prisioneiros que serão libertados. A Suprema Corte israelense ouvirá petições contra as liberações.

Segunda fase: negociações para acabar com a guerra

Após 16 dias de cessar-fogo, as negociações avançariam para a segunda fase, visando acabar com a guerra. Embora o acordo inicial não garanta o fim do conflito, Israel estaria disposto a negociar para retirar suas forças de Gaza.

Por outro lado, o Hamas obteve garantias verbais de mediadores internacionais de que Israel será pressionado a avançar nas negociações.

Ajuda humanitária e retorno de civis

Durante a trégua, espera-se um aumento significativo na entrada de ajuda humanitária em Gaza. Além disso, civis palestinos poderão retornar ao norte do território sem restrições.

Israel manterá uma presença militar na fronteira conhecida como Corredor Filadélfia, entre Gaza e o Egito, e criará uma “zona-tampão” dentro de Gaza para monitorar as movimentações do Hamas.

Impacto humanitário

A guerra deixou milhares de mortos e milhões de pessoas em situação de extrema vulnerabilidade em Gaza. Com a possibilidade de cessar-fogo, a comunidade internacional espera que a ajuda humanitária chegue a quem mais precisa.

No entanto, o futuro do acordo ainda é incerto, e o conflito pode ser retomado caso as partes não cheguem a um consenso nas próximas fases.