Danúbia de Souza Rangel, ex-mulher do traficante Nem da Rocinha, um dos principais traficantes do Rio de Janeiro, foi libertada da prisão em janeiro deste ano e desde então busca uma carreira como influenciadora nas redes sociais. Em um de seus perfis, com 50 mil seguidores, Danúbia realiza postagens diárias promovendo procedimentos estéticos, produtos alimentícios e roupas de empresas da Rocinha, na Zona Sul do Rio.
Em 18 de janeiro, apenas uma semana após deixar o Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, na Zona Norte, ela apareceu fazendo uma parceria com uma clínica odontológica. Na ocasião, compartilhou com seus seguidores que havia realizado uma harmonização facial com uma cirurgiã dentista.
Danúbia foi sentenciada a oito anos de prisão por envolvimento com o tráfico de drogas e corrupção. As investigações indicaram que ela auxiliou Nem da Rocinha a liderar a comunidade enquanto ele estava detido.
Em 2022, durante uma inspeção no Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, foi descoberto um celular em sua cela, resultando em sua prisão em regime fechado. Na ocasião, Danúbia estava em regime semiaberto, mas retornou ao fechado devido ao incidente. A progressão para o regime semiaberto foi concedida novamente em fevereiro do ano seguinte.
Em sua sentença, o juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo declarou a extinção da pena de 8 anos e 2 meses atribuída a Danúbia.
Você conhece ‘Nem da Rocinha’?
Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem, liderou o tráfico na Rocinha até 2011, quando foi detido por policiais militares dentro do porta-malas de um veículo na Lagoa Rodrigo de Freitas, também na Zona Sul. Naquele 9 de novembro, ao ser abordado em uma blitz do batalhão de choque em uma das saídas da Rocinha, um indivíduo em um Corolla preto se identificou como cônsul do Congo. Na ocasião, os policiais solicitaram a revista do carro, mas o homem recusou, alegando imunidade diplomática. Os agentes, então, optaram por escoltar o veículo até a sede da Polícia Federal.
Na Lagoa Rodrigo de Freitas, próximo ao clube Piraquê, os homens teriam pedido para parar o veículo e ofereceram R$ 20 mil aos policiais para permitir que o carro prosseguisse. Diante da recusa, aumentaram a oferta para R$ 30 mil. Posteriormente, os militares decidiram revistar o veículo e encontraram Nem escondido no porta-malas.
Nascido em 1976 na comunidade, Nem assumiu o comando após a morte de Luciano Barbosa da Silva, conhecido como Lulu, em 2004. Durante sete anos no poder, o traficante foi considerado o criminoso mais procurado do país. Atualmente, aos 47 anos, Antônio Lopes cumpre pena na Penitenciária Federal de Segurança Máxima em Porto Velho, Rondônia.
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