A Rocinha, utilizada como esconderijo por criminosos de diferentes estados como Goiás, Ceará, Espírito Santo e Amazonas, transformou-se em uma espécie de “hospedagem” de luxo para a bandidagem. Conforme apurado pelo jornal O Globo, traficantes locais cobram taxas mensais que variam de R$50 mil a R$100 mil pela guarita.
Delson Manoel, conhecido como Salomão, um dos líderes do Complexo do Alemão, favela também controlada pelo Comando Vermelho, é apontado como responsável pela cobrança dessas taxas. No ano passado, a polícia identificou dois traficantes que estariam escondidos na Rocinha: Anastácio Paiva Pereira, conhecido como Paizão, Doze ou Paulinho Maluco, de 33 anos, natural do Ceará; e Kaio César Alves Ferreira, apelidado de Barney, Tio K e Heisenberg, também de 33 anos, oriundo de Goiás.
Conforme informações da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Militar, Pereira é apontado como líder do tráfico de drogas no sertão do Ceará, atuando nos municípios de Santa Quitéria, Hidrolândia, Varjota, Reriutaba, Ipu, Ipueira e Guaraciaba do Norte. Por sua vez, Ferreira é acusado de chefiar uma quadrilha envolvida no tráfico de drogas e em assassinatos de membros de grupos rivais em Goiânia.
As informações policiais indicam que ambos estariam gerenciando suas operações e o tráfico de drogas diretamente da Rocinha, e, em alguns casos, de outros esconderijos da facção criminosa localizados na Zona Sul do Rio de Janeiro.
O que se sabe sobre a maior favela do RJ?
A Rocinha é uma das maiores favelas do Rio de Janeiro, localizada na Zona Sul da cidade. É conhecida por sua dimensão geográfica, densidade populacional e complexidade social. Com origens que remontam à década de 1930, a Rocinha cresceu ao longo dos anos, tornando-se uma comunidade densamente povoada, caracterizada por construções informais e uma mistura de condições socioeconômicas.
A comunidade enfrenta desafios significativos, incluindo questões relacionadas à infraestrutura, acesso a serviços básicos, e, em alguns momentos, conflitos entre grupos criminosos e forças de segurança. No entanto, a Rocinha também é marcada pela resiliência de seus residentes, muitos dos quais buscam melhorar suas condições de vida por meio de iniciativas comunitárias, culturais e educacionais.
A Rocinha é emblemática das disparidades socioeconômicas presentes em muitas áreas urbanas brasileiras e destaca a necessidade de políticas que busquem abordar as complexas questões ligadas à habitação, infraestrutura e desenvolvimento social.
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