As autoridades do Japão e dos Estados Unidos acusaram hackers norte-coreanos de orquestrar um roubo cibernético massivo, desviando US$ 308 milhões em criptomoedas da bolsa japonesa DMM Bitcoin. O ataque, ocorrido em maio deste ano, foi atribuído ao grupo Trader Traitor, ligado ao famoso Grupo Lazarus, conhecido por seus laços com o regime de Pyongyang.
Como o Roubo Aconteceu
O crime foi realizado por meio de uma operação de “engenharia social direcionada”. Hackers se passaram por recrutadores no LinkedIn, entrando em contato com funcionários de uma empresa de software de criptomoedas.
O golpe envolveu o envio de um suposto teste de pré-contratação que continha um código malicioso. Esse malware permitiu aos hackers invadir os sistemas e se passar pelos funcionários, manipulando transações legítimas. Como resultado, 4.502,9 bitcoins foram desviados, totalizando US$ 308 milhões à época.
Ação e Repercussão Internacional
A Agência Nacional de Polícia do Japão e o FBI emitiram um comunicado conjunto afirmando que esforços para combater essas atividades ilícitas continuarão. Os países envolvidos destacaram a necessidade de maior cooperação internacional para combater o uso de crimes cibernéticos como fonte de financiamento para o regime norte-coreano.
A Coreia do Norte, que enfrenta sanções econômicas rigorosas, utiliza ataques cibernéticos para sustentar seu programa nuclear e financiar o regime. De acordo com um relatório dos EUA, o país opera uma unidade de guerra cibernética, conhecida como Bureau 121, composta por 6.000 membros espalhados por diversos países.
Impacto no Mercado de Criptomoedas
O roubo lança luz sobre a crescente vulnerabilidade do mercado de criptomoedas a ataques cibernéticos sofisticados. A valorização do bitcoin e de outras moedas digitais atrai tanto investidores quanto criminosos, aumentando a pressão por regulamentações mais rígidas e segurança reforçada nas exchanges.
O episódio destaca a crescente sofisticação das operações cibernéticas norte-coreanas e a importância de proteger as infraestruturas digitais em um mundo cada vez mais dependente de transações virtuais. Enquanto as investigações continuam, o caso serve como um alerta global sobre os perigos do cibercrime e suas implicações políticas e econômicas.
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