Durante uma operação das forças de segurança do Rio de Janeiro na manhã desta segunda-feira (9), dois helicópteros blindados da Polícia Civil e Militar foram atingidos por disparos enquanto sobrevoavam a Vila Cruzeiro. As aeronaves precisaram retornar ao solo, mas felizmente nenhum agente sofreu ferimentos graves.
Moradores da área registraram vídeos mostrando um dos helicópteros alvejado tentando pousar, com sons de tiros ao fundo. O secretário da Polícia Civil, José Renato Torres, informou que as aeronaves seguiram protocolo ao pousar para avaliação dos danos.
A operação, que envolveu cerca de mil homens, visava capturar líderes do Comando Vermelho (CV), a maior facção de tráfico de drogas do estado, em retaliação ao assassinato de três médicos na Barra da Tijuca e em meio a disputas territoriais com milicianos na Zona Oeste.
Os agentes tinham mais de 100 mandados de prisão para cumprir, incluindo Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, conhecido como Abelha, e Edgar Alves de Andrade, ou Doca. Até o momento da reportagem, sete pessoas haviam sido presas.
Um laboratório de refino de drogas e artefatos explosivos foi descoberto no Parque União, no Complexo da Maré. A Secretaria Municipal de Educação relatou que 58 escolas foram afetadas, impactando cerca de 21 mil alunos.
A operação estendeu-se a outras comunidades controladas pelo CV, incluindo Maré, Penha e Cidade de Deus, com relatos de intensos tiroteios. O secretário Torres mencionou que a inteligência da polícia detectou uma movimentação da liderança do CV nessas áreas, motivando a ação.
Os secretários da Polícia Civil e da PM, José Renato Torres e Luiz Henrique Marinho Pires, respectivamente, monitoravam a operação do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) através de câmeras corporais dos policiais e de drones.
O governador Cláudio Castro destacou que a operação foi viabilizada pelo maior investimento já feito nas polícias do estado, seguindo rigorosamente os protocolos de investigação e treinamento, além de decisões judiciais.
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