O Ministério da Saúde do Hamas divulgou, nesta segunda-feira (22), um novo relatório indicando pelo menos 25.295 óbitos na Faixa de Gaza, principalmente civis. Esse número refere-se ao período desde o início dos confrontos entre o movimento islamista palestino e Israel em 7 de outubro do ano passado.
O balanço menciona 190 mortes registradas nas últimas 24 horas, conforme informado pelo ministério. Além disso, a instituição também comunicou que o total de feridos até o momento é de 63.000.
Por que o Hamas ataca Israel?
A organização terrorista Hamas emergiu pela primeira vez em 1987 como um desdobramento da Irmandade Muçulmana, um grupo islâmico sunita fundado no final da década de 1920 no Egito.
A própria palavra “Hamas” é um acrônimo para “Harakat Al-Muqawama Al-Islamiyya”, que, traduzido, significa “Movimento de Resistência Islâmica”. O grupo, assim como a maioria das facções e partidos políticos palestinos, alega que Israel é uma potência colonizadora, com o objetivo de libertar os territórios palestinos das garras de Israel.
Ao contrário de algumas outras facções palestinas, o Hamas se recusa a negociar com Israel. Em 1993, opôs-se aos Acordos de Oslo, um pacto de paz entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Os Acordos de Oslo renunciaram à resistência armada contra Israel em troca de promessas de um Estado palestino independente ao lado de Israel, estabelecendo também a Autoridade Palestina (AP) na Cisjordânia ocupada por Israel.
Ao longo dos anos, o Hamas assumiu a responsabilidade por diversos ataques contra Israel e foi categorizado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel.
O Departamento de Estado norte-americano afirmou em 2021 que o Hamas recebe financiamento, armas e treinamento do Irã, além de obter alguns fundos arrecadados em países do Golfo Árabe. O grupo também recebe doações de alguns palestinos, de expatriados e de suas próprias organizações de caridade.
Em abril, o Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, sugeriu que o Irã fornecesse aproximadamente 100 milhões de dólares anualmente ao Hamas.
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