Em um debate recente sobre o impacto social da série “Arcanjo Renegado”, o diretor e idealizador José Júnior compartilhou insights fascinantes sobre como o projeto não apenas retrata a vida nas favelas, mas também contribui significativamente para a transformação das comunidades. Com a terceira temporada estreando no dia 14 de novembro na plataforma Globoplay, a série se estabeleceu como um importante espaço cultural, especialmente nas áreas em que é filmada.
A Trama e Seus Impactos Positivos
Nesta nova temporada, a narrativa se passa no Pará, seguindo o ex-policial Mikhael, interpretado por Marcello Melo Jr., que vive as tensões entre assentamentos de trabalhadores rurais e os interesses de poderosos produtores. Simultaneamente, o enredo também envolve questões que ocorrem no Rio de Janeiro, onde parte das filmagens foi realizada no Complexo da Maré. Júnior comentou como as filmagens nessas comunidades estão ligadas a um efeito positivo em relação à segurança local: “Toda vez que gravamos nas favelas, a mancha criminal reduz.”
Ele explicou que, durante a produção, fenômenos como assaltos e roubos de carga caem significativamente. “A gente acaba dando prejuízo na boca de fumo, porque não tem como vender droga durante as gravações. Em um caso, até um chefe do tráfico deixou o crime após a experiência com a série”, revelou José Júnior. Esse relato não apenas destaca a capacidade da arte de promover mudanças sociais, mas também exemplifica como o entretenimento pode oferecer alternativas e esperança em comunidades afetadas pela criminalidade.
Cultura e Economia em Foco
José Júnior sublinha que “Arcanjo Renegado” tem um papel social além da ficção: movimentar a economia local e valorizar a cultura da periferia. As filmagens geram emprego e promovem a inclusão de moradores da região. Segundo ele, o envolvimento da comunidade não é apenas um detalhe na produção, mas uma estratégia intencional para conectar o projeto às pessoas que vivem nessas áreas.
“A série liga a produção estética à realidade social, trazendo uma nova visão das favelas. Quando a cultura e o entretenimento se fazem presentes, há uma transformação, tanto na percepção das comunidades quanto na vida de seus moradores”, afirma Júnior. Este compromisso com a realidade local reflete uma tentativa de desafiar estereótipos e oferecer uma representação mais autêntica da vida nas favelas brasileiras.
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