Em resposta às crescentes tensões com os Estados Unidos e à imposição de sanções tecnológicas, o governo da China está intensificando seus esforços para eliminar a dependência de tecnologia estrangeira. A iniciativa, apelidada de “Delete America”, visa remover gradualmente softwares e hardwares americanos de empresas estatais e setores estratégicos até 2027.
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A ordem governamental exige que empresas estatais de finanças, energia e outros setores substituam softwares estrangeiros em seus sistemas de TI por alternativas nacionais. A medida é acompanhada por um plano ambicioso de aumentar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento em 10%, alcançando US$ 51 bilhões em 2024.
Impulsionando a indústria nacional
A iniciativa “Delete America” busca fortalecer a indústria tecnológica nacional e reduzir a vulnerabilidade da China a sanções estrangeiras. A estratégia visa estimular o crescimento de empresas chinesas como Huawei, Yonyou Network Technology e outras que já estão substituindo empresas ocidentais em licitações governamentais e em diversos setores da economia.
Empresas ocidentais perdem espaço
Empresas como IBM, Cisco, Dell e Microsoft, que antes dominavam o mercado chinês de tecnologia, estão perdendo espaço para seus concorrentes nacionais. A Microsoft, por exemplo, que historicamente detinha uma grande fatia do mercado de sistemas operacionais na China, hoje vê sua participação cair para apenas 1,5%.
Aumento dos investimentos
Para impulsionar a “desamericanização” da tecnologia, o governo chinês está aumentando significativamente os investimentos em ciência e tecnologia. O orçamento para pesquisa e desenvolvimento em 2024 será 10% maior que o de 2023, demonstrando o compromisso do governo com a autonomia tecnológica do país.
Consequências e desafios
A iniciativa “Delete America” pode ter um impacto significativo nas relações comerciais entre China e Estados Unidos. A medida pode levar a retaliações por parte dos EUA e a um aumento das tensões geopolíticas. Além disso, a China enfrenta o desafio de desenvolver e produzir tecnologia nacional de alta qualidade para substituir as soluções estrangeiras existentes.
O futuro da tecnologia na China
A “desamericanização” da tecnologia na China é um processo em curso com implicações de longo alcance. O sucesso da iniciativa dependerá da capacidade do país de desenvolver sua própria base tecnológica robusta e competitiva. A disputa pela hegemonia tecnológica global entre China e Estados Unidos está apenas começando, e o futuro da tecnologia na China será moldado pelas decisões tomadas nos próximos anos.
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