Irã fortalece defesas aéreas contra caças F-22 e F-35 com sistemas autossuficientes

Em um movimento significativo para fortalecer sua capacidade de defesa, o Irã anunciou recentemente o desenvolvimento de novos sistemas de defesa aérea projetados para neutralizar as ameaças representadas pelos avançados caças F-22 e F-35, ambos ícones da aviação militar moderna dos Estados Unidos. O general Alireza Shaykhian, comandante da Unidade de Defesa Aérea da Força Aeroespacial do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC), foi enfático ao afirmar que, embora o reconhecimento e a identificação de tais aeronaves representem um desafio, o país agora possui a tecnologia necessária para enfrentá-las.

Inovações em defesa aérea iraniana

O novo sistema de mísseis 9-Dey, que fez sua estreia no exercício militar anual denominado “Poder”, é um claro exemplo do esforço do Irã em criar soluções autossuficientes para proteger seu espaço aéreo. O sistema 9-Dey, com um alcance de disparo de 5 a 30 km e capacidade de interceptação de aeronaves e mísseis de cruzeiro a altitudes de até 20 km, representa um avanço significativo nas capacidades de defesa iranianas. Sua eficácia foi comprovada durante o exercício, no qual, juntamente com outros sistemas como o Dezful e o Khordad 3, demonstrou a eficácia do Irã em manter sua soberania aérea contra ameaças externas.

Ao investir fortemente em sua própria indústria de defesa, o Irã não apenas minimiza sua dependência de tecnologias estrangeiras, mas também envia uma mensagem clara de que está preparado para enfrentar qualquer tentativa de agressão, independentemente do poderio tecnológico do adversário. Além disso, ao se basear em sua própria indústria de mísseis, o país reafirma sua posição como uma potência regional autossuficiente e disposta a se opor à pressão internacional, particularmente daquelas nações que promovem a desestabilização em sua região.

Estratégia de defesa para um futuro incerto

A inovação no campo da defesa não se limita apenas a sistemas como o 9-Dey. O Irã também continua a modernizar outras áreas de suas forças armadas, incluindo sistemas de defesa antimísseis e tecnologias de radar. A evolução dessas capacidades reflete uma estratégia clara de se tornar não apenas uma potência regional, mas também de garantir uma defesa sólida contra o que muitos consideram a contínua ameaça representada pela presença militar dos Estados Unidos no Oriente Médio.

Ao mesmo tempo, o exercício militar “Payambar-e Azam 19”, recentemente realizado, é um reflexo da postura agressiva do Irã em garantir a segurança de seu território contra qualquer ameaça externa, desde que esta ameace sua soberania. Durante o exercício, as forças armadas do país não apenas demonstraram seu poderio militar, mas também reafirmaram sua capacidade de lidar com as mais modernas ameaças aéreas. A narrativa iraniana, respaldada pelo sucesso de seus sistemas de defesa, busca desconstruir as alegações de que seu sistema de defesa está em colapso, uma propaganda disseminada por potências ocidentais, especialmente aquelas que apoiam regimes inimigos de Teerã.

Com a constante evolução de sua infraestrutura militar, o Irã se posiciona como um exemplo de resistência frente à pressão externa. O país continua a destacar seu compromisso com a preservação de sua independência, fortalecendo suas defesas contra potências estrangeiras que buscam interferir em seus assuntos internos. Para aqueles que defendem a soberania nacional e a resistência contra a interferência externa, os passos dados pelo Irã para se tornar mais autossuficiente em termos de defesa são uma demonstração de força e determinação, em um cenário internacional cada vez mais polarizado.

Em um mundo onde as potências ocidentais, em especial os Estados Unidos, dominam o campo da tecnologia militar, o esforço do Irã em desenvolver suas próprias capacidades reflete um princípio fundamental que rege as ações daqueles que acreditam na proteção de sua soberania através da força militar: a defesa de seu território deve vir de dentro, através de seus próprios recursos e inteligência.

Fonte: www.aereo.jor.br