A Coreia do Norte continua a desafiar a comunidade internacional ao testar, com sucesso, um míssil hipersônico de última geração. A confirmação veio da mídia estatal do país nesta terça-feira (7), com imagens do lançamento sendo amplamente divulgadas. Sob a supervisão direta do líder Kim Jong-un, o projétil percorreu 1.500 quilômetros antes de cair em águas entre a Península Coreana e o Japão, superando as estimativas iniciais do Exército sul-coreano.
Kim Jong-un Promete Expansão do Arsenal Nuclear
Após o teste bem-sucedido, Kim Jong-un reafirmou sua intenção de construir um arsenal nuclear que seja “impossível de ser combatido” por forças inimigas. Em suas palavras, o sistema de mísseis hipersônicos é uma conquista crucial para “conter de forma confiável quaisquer rivais na região do Pacífico”.
Esse avanço tecnológico é preocupante para a segurança regional, já que os mísseis hipersônicos são mais rápidos e difíceis de interceptar do que os convencionais. O regime norte-coreano justifica esses testes como uma resposta às “ameaças à segurança” apresentadas por Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão.
Resposta Internacional e Alinhamento com a Rússia
O teste ocorre em meio à visita do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a Seul, para tratar das crescentes tensões na Península Coreana. Blinken condenou o lançamento, afirmando que ele viola as resoluções do Conselho de Segurança da ONU. O governo norte-americano também demonstrou preocupação com o crescente alinhamento entre a Coreia do Norte e a Rússia, especialmente em meio à guerra da Ucrânia.
Nos últimos meses, a Coreia do Norte intensificou seu apoio a Moscou, oferecendo solidariedade e, segundo especialistas, até mesmo ajuda militar indireta. Em novembro, a ministra das Relações Exteriores norte-coreana, Choe Son Hui, acusou EUA e Coreia do Sul de planejarem um ataque nuclear contra seu país. Durante uma reunião em Moscou com o chanceler russo, Sergei Lavrov, Choe declarou que a Coreia do Norte estava pronta para retaliar e fortalecer sua capacidade nuclear.
Além disso, Choe afirmou que Pyongyang está comprometida em apoiar a Rússia até “o dia da vitória” na guerra contra a Ucrânia. Esse apoio reforça uma aliança geopolítica que desafia diretamente o Ocidente.
Escalada Militar e Risco de Conflito na Península Coreana
A situação na Península Coreana torna-se cada vez mais instável, com ambas as Coreias intensificando suas capacidades militares. Após o teste de míssil hipersônico, EUA e Coreia do Sul responderam com exercícios militares conjuntos, incluindo manobras aéreas com caças avançados.
Os recentes testes norte-coreanos incluem também um míssil balístico intercontinental, descrito por Pyongyang como “a arma estratégica mais poderosa do mundo”. Esse míssil atingiu recordes de altitude e tempo de voo, alcançando mais de 7.000 km de altura.
As ações norte-coreanas e a retórica de Kim Jong-un indicam uma escalada preocupante na corrida armamentista nuclear. O regime deixa claro que não pretende recuar diante das sanções internacionais, optando por fortalecer seu poderio militar como forma de garantir sua sobrevivência e ampliar sua influência regional.
A Ameaça Global do Programa Nuclear Norte-Coreano
Os avanços da Coreia do Norte em tecnologia de mísseis hipersônicos e intercontinentais representam uma ameaça real à segurança global. Com um arsenal cada vez mais sofisticado, Pyongyang desafia abertamente a ordem internacional, aumentando o risco de um conflito militar na região.
A expansão do programa nuclear norte-coreano é um alerta para os líderes mundiais. As tentativas de contenção diplomática têm sido ineficazes diante da determinação de Kim Jong-un em consolidar seu poder e desafiar o Ocidente.
Se medidas eficazes não forem tomadas, a Península Coreana pode se tornar o epicentro de uma crise nuclear com consequências catastróficas para a paz mundial.
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