O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, antigo presidente do país, fez uma declaração contundente nesta sexta-feira, 12, alertando que qualquer assistência militar do Reino Unido à Ucrânia seria interpretada como uma declaração de guerra por Moscou.
Medvedev, aliado próximo do presidente Vladimir Putin, expressou suas preocupações por meio do aplicativo de mensagens Telegram, enfatizando que a possível implantação de um contingente militar britânico na Ucrânia seria encarada como uma ação hostil contra a Rússia.
Em meio a uma visita do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, a Kiev, para anunciar um novo acordo militar com os ucranianos, Medvedev provocou questionando como o povo britânico reagiria se a delegação de Sunak fosse alvo de ataques, mencionando recentes eventos em Belgorod, cidade ao sul da Rússia, onde civis foram atingidos por munições cluster.
O CONTROVERSO ACORDO MILITAR
O acordo, assinado nesta sexta-feira pelo chefe do Parlamento britânico e pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, despertou a indignação das autoridades russas. No tratado, o Reino Unido se compromete a aumentar o financiamento militar, permitindo a aquisição de novos drones de combate pela Ucrânia.
Zelensky descreveu o acordo como um “acordo de segurança sem precedentes”, destacando sua vigência até a Ucrânia aderir à Otan, a principal aliança militar ocidental.
“Estou satisfeito por termos concluído o primeiro acordo com o Reino Unido. Esta é a base para trabalhar com outros parceiros“, afirmou o líder ucraniano, que há quase dois anos enfrenta conflitos com as forças russas.
Diante da hostilidade percebida, Zelensky expressou confiança em uma parceria mais ampla com os britânicos, considerando a possibilidade de novos acordos no futuro, conforme necessário.
IMPACTO NAS BOLSAS E ECONOMIA BRASILEIRA
A repercussão desse cenário tenso já se reflete nos mercados financeiros, com as bolsas europeias e os futuros americanos operando em baixa nesta terça-feira, 16. No Brasil, economistas ajustaram levemente as projeções de inflação para 2024, mantendo-as abaixo dos 4%.
Além disso, dados econômicos importantes, como as pesquisas mensais de serviços e do varejo, juntamente com o prévio do PIB de novembro, serão cruciais para avaliar a temperatura da economia brasileira e influenciar as decisões de cortes nas taxas de juros pelo Banco Central. A nova composição do Copom e a sucessão de Roberto Campos Neto também estão entre os temas em destaque.
Para uma análise mais aprofundada, o economista e ex-diretor do Banco Central, Tony Volpon, será entrevistado por Diego Gimenes, abordando questões cruciais para entender os desdobramentos econômicos globais.
Quer saber tudo
o que está acontecendo?
Receba todas as notícias do Portal de Notícias no seu WhatsApp.
Entre em nosso grupo e fique bem informado.
Deixe o Seu Comentário