Rússia quer proibir exportação de gasolina após grande incidente

Diante dos desafios enfrentados pela refinaria Norsi da Lukoil, em Nizhny Novgorod, o governo da Rússia está pensando em impor limitações às exportações de gasolina, conforme noticiou a agência de notícias Interfax nesta segunda-feira.

Informações da indústria já haviam indicado a possibilidade de uma redução pela metade na produção de gasolina de alta octanagem na refinaria, após uma paralisação de emergência em uma unidade de craqueamento catalítico.

A refinaria de petróleo Norsi, uma das maiores da Rússia, teve que interromper as operações em uma unidade, como anunciado pela Lukoil na última sexta-feira, após um incidente não especificado.

Segundo fontes não identificadas com conhecimento da situação, a Interfax reportou que a ideia de proibir a exportação de gasolina está sendo considerada para assegurar a estabilidade no mercado interno. Outra fonte indicou que estão sendo discutidas medidas para evitar escassez no mercado doméstico.

A agência noticiou que a Lukoil decidiu suspender suas próprias exportações de gasolina, solicitando ajuda de outras empresas de petróleo para fornecer até 200.000 toneladas de gasolina AI-95 nos meses de janeiro e fevereiro.

É importante destacar que em setembro, a Rússia já havia aplicado uma proibição temporária às exportações de combustível, excluindo Belarus, Cazaquistão, Armênia e Quirguistão, em resposta aos preços internos elevados e à escassez. A maioria dessas restrições foi retirada em novembro, buscando equilibrar o mercado interno.