O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez um apelo direto aos líderes da OTAN nesta quinta-feira, durante a cúpula da aliança militar em Washington. Zelensky pediu a remoção de todas as restrições que limitam o uso de armas ocidentais pela Ucrânia em ataques a alvos dentro da Rússia. Ele enfatizou que, sem essa liberdade, a Ucrânia não pode vencer a guerra contra a Rússia, que já se arrasta por três anos.
Zelensky Busca Apoio Total da OTAN
Zelensky, ao lado do secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, ressaltou a necessidade urgente de eliminar as limitações para que a Ucrânia possa defender seu território de forma eficaz. Ele expressou gratidão pelo apoio contínuo da OTAN e pelo novo pacote de ajuda militar anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que inclui um sistema adicional de mísseis Patriot.
A posição dos Estados Unidos, até o momento, permite que a Ucrânia use armas ocidentais em território russo apenas para revidar ataques ou prevenir ações iminentes. No entanto, Zelensky argumenta que essa restrição é insuficiente para uma defesa eficaz e para atingir alvos estratégicos dentro da Rússia que continuam a ameaçar a Ucrânia.
Stoltenberg apoiou a visão de Zelensky, afirmando que a natureza da guerra mudou desde o início, com a Rússia abrindo novas frentes e tornando necessário atingir alvos militares dentro do território russo para proteger a Ucrânia. A posição de Stoltenberg foi ecoada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, que em maio defendeu a necessidade de permitir que a Ucrânia alcance os pontos de origem dos ataques russos.
A Evolução da Guerra e a Resposta da OTAN
A guerra na Ucrânia tornou-se um ponto central para os líderes europeus e norte-americanos durante a cúpula da OTAN, especialmente em meio às preocupações com o apoio crescente da China e da Coreia do Norte à invasão russa. A reunião aconteceu em um momento politicamente tumultuado nos Estados Unidos, com dúvidas crescentes entre os democratas sobre a capacidade de Biden de cumprir um segundo mandato.
Durante um encontro com Zelensky, Biden destacou o novo pacote de ajuda militar, que inclui US$ 225 milhões em apoio, além do sistema de mísseis Patriot. Este é o oitavo pacote de ajuda militar desde que Biden assumiu o cargo, refletindo o compromisso contínuo dos EUA em apoiar a Ucrânia contra a agressão russa.
O devastador ataque de mísseis que atingiu um hospital infantil em Kiev, pouco antes da cúpula, sublinhou a brutalidade contínua da guerra e a determinação do presidente russo, Vladimir Putin, em continuar o conflito. Em resposta, a OTAN anunciou um novo programa para financiar entregas de equipamentos militares e coordenar o treinamento das forças armadas ucranianas.
Os membros da aliança também se comprometeram a manter os níveis atuais de ajuda militar, cerca de 40 bilhões de euros (US$ 43,5 bilhões) anualmente, por pelo menos um ano. Esse compromisso é vital para assegurar que a Ucrânia possa continuar resistindo à agressão russa e defendendo sua soberania.
A cúpula da OTAN marcou um momento crucial para a Ucrânia e seus aliados ocidentais. O apelo de Zelensky para a remoção das restrições ao uso de armas ocidentais em ataques a alvos russos é uma tentativa de obter o apoio necessário para virar a maré da guerra a favor da Ucrânia. A resposta da OTAN e dos Estados Unidos será decisiva para determinar o curso futuro do conflito.
A comunidade internacional observa com atenção os desdobramentos dessa crise, reconhecendo que a defesa da Ucrânia é fundamental não apenas para a estabilidade europeia, mas também para a ordem global. A união e a determinação dos aliados ocidentais em apoiar a Ucrânia enviam uma mensagem clara a qualquer agressor: a liberdade e a soberania das nações serão defendidas a todo custo.
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