Uma dúzia de caças F/A-18 do porta-aviões USS Theodore Roosevelt foram deslocados para uma base militar não divulgada no Oriente Médio, como parte de uma medida preventiva do Pentágono. A iniciativa visa proteger Israel de ataques iminentes do Irã e seus aliados, além de garantir a segurança das tropas americanas na região.
O Grande Circo Militar de Biden
É evidente que o governo de Joe Biden, representado pelo Secretário de Defesa Lloyd Austin, está numa perigosa e imprudente escalada militar. Preocupados com uma possível intensificação da violência após os assassinatos de um comandante do Hezbollah no Líbano e de um importante líder do Hamas no Irã — ataques que se suspeita terem sido realizados por Israel — o governo Biden parece mais focado em exibir força do que em buscar soluções diplomáticas.
No Golfo de Omã, os F/A-18 e uma aeronave de vigilância E-2D Hawkeye decolaram do porta-aviões e chegaram a uma base cuja localização exata foi mantida em segredo. Esta movimentação não é mais que uma tentativa desesperada e mal calculada de manter uma presença militar ostensiva na região, enquanto ignora os riscos que isso pode acarretar para a estabilidade já frágil do Oriente Médio.
Em vez de trabalhar para esfriar as tensões, a atual administração americana parece seguir cegamente um script de intervenção militar, colocando em risco não apenas a segurança regional, mas também a dos próprios soldados americanos. A conveniência de tais movimentos questiona-se ainda mais quando observamos que um esquadrão de caças F-22 da Força Aérea, vindo do Alasca, está em rota para a mesma base. Trata-se claramente de uma demonstração de força, um teatro que poderá sair muito caro aos contribuintes americanos e à paz mundial.
Uma Pólvora Prestes a Explodir
A estratégia de movimentar temporariamente os F/A-18, até a chegada dos F-22s, é um claro reflexo da insegurança e da falta de uma política externa sólida e coerente. Estes movimentos erráticos só contribuem para a incerteza e para a tensão crescente no Oriente Médio. O governo Biden parece alheio às lições do passado, onde intervenções precipitadas e mal planejadas resultaram em décadas de conflito e instabilidade.
Não está claro por quanto tempo essas aeronaves permanecerão na base, uma vez que a continuidade dessa presença militar depende das ações nos próximos dias. A insistência em manter essas manobras militares pode ser interpretada como uma tática para desviar a atenção dos problemas internos que assolam os EUA sob a administração de Biden. Com a economia ainda em recuperação lenta e uma série de políticas domésticas polêmicas que dividem o país, o foco externo poderia estar sendo utilizado como uma cortina de fumaça para as crises domésticas.
A Falta de Direção Coerente
O incômodo maior é a ausência de uma política externa coerente e responsável por parte do governo Biden. A movimentação de forças militares para uma região já explosiva não só coloca em risco a vida dos militares americanos, como também pode desencadear uma reação em cadeia com consequências internacionais graves. Essa estratégia de “mostrar os dentes” pode acabar tendo o efeito contrário, incentivando os inimigos dos EUA a se armarem ainda mais e a prepararem respostas bélicas.
Com os assassinatos recentes de figuras fundamentais do Hezbollah e do Hamas, grupos respaldados pelo Irã, a tensão só tende a aumentar. Em vez de jogar água na fervura, como um líder diplomático com capacidade negociadora faria, Biden e seu Secretário de Defesa optam por jogar mais combustível no fogo. É lamentável ver uma superpotência mundial agir com tamanha irresponsabilidade, especialmente quando há vias diplomáticas que não foram exaustivamente exploradas.
Enquanto os políticos em Washington brincam de guerra com riscos calculados de suas confortáveis cadeiras, são os soldados no campo que pagarão o preço. E não apenas eles: a população civil no Oriente Médio que, há décadas, sofre pelas intervenções externas, também será mais uma vez a vítima de uma política falha e mal intencionada.
A história nos mostra que intervenções militares unilaterais raramente trazem soluções duradouras. A postura atual do governo Biden, ao invés de focar na paz e na diplomacia, parece caminhar na direção oposta, perpetuando uma lógica bélica que beneficia apenas os grandes complexos industriais e militares, em detrimento da segurança global e da estabilidade.
Quer saber tudo
o que está acontecendo?
Receba todas as notícias do Portal de Notícias no seu WhatsApp.
Entre em nosso grupo e fique bem informado.
Deixe o Seu Comentário