A competição pela renovação da frota aérea da Colômbia entre o Saab Gripen sueco e o Lockheed Martin F-16 americano entrou em uma nova fase decisiva. Apesar de o Gripen estar em vantagem, os EUA têm redobrado os esforços para convencer o governo colombiano a optar pelo seu modelo.
Oferta americana: aquisição e doação de caças F-16
Os EUA apresentaram uma proposta ambiciosa, oferecendo à Colômbia um pacote que inclui:
- Oito F-16 modernizados para o padrão Viper (Block 70/72), com o dobro de aeronaves adicionais doadas, totalizando 24 caças.
- Uma alternativa de aquisição de 24 F-16V novos de fábrica, com maior custo, mas maior vida útil.
Os F-16V propostos são os mais avançados da América Latina, equiparando-se às unidades de elite da Força Aérea dos EUA. O pacote também inclui o míssil AIM-120D AMRAAM, conhecido pelo alcance superior e precisão, sem restrições técnicas ou de armamento.
Gripen: o favorito atual
O presidente Gustavo Petro demonstrou interesse no Gripen, inclusive com visita à Suécia. O caça sueco é conhecido por sua eficiência em custo-benefício, alta modernidade e possibilidades de atualização tecnológica a longo prazo.
A desvantagem para os EUA é o posicionamento de Petro, que busca distanciar-se estrategicamente dos EUA, fator que favorece a proposta sueca.
Cenário crítico da frota colombiana
A urgência na decisão é acentuada pelo estado crítico dos caças Kfir, atualmente sem suporte técnico após o rompimento de relações diplomáticas com Israel. Com isso, a Colômbia enfrenta o risco iminente de ficar sem capacidade aérea de combate.
Política americana: transparência e incentivos
Washington reforçou que o acordo será regido por uma política de “zero corrupção”, com garantias explícitas de que o contrato não sofrerá interferências políticas ou econômicas fora dos termos estipulados.
O que está em jogo?
A decisão colombiana poderá redefinir o equilíbrio de poder militar na América Latina. Se optar pelos F-16, a Colômbia terá a frota mais avançada da região, porém com uma vida útil reduzida se escolher os modelos usados. Por outro lado, o Gripen oferece menor custo operacional e alinhamento político com a postura independente do governo Petro.
A definição, aguardada para breve, não apenas moldará o futuro da Força Aérea Colombiana, mas também influenciará alianças estratégicas e políticas regionais nos próximos anos.
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