Geonário Fernandes Pereira Moreno, conhecido como “Genaro”, foi morto durante uma operação da Polícia Militar no Complexo de Santa Tereza, em Belford Roxo, na manhã desta terça-feira (17). Genaro, de 41 anos, era um dos líderes da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) e comandava com rigor as favelas da Guacha e Trio de Ouro, situadas em Belford Roxo e São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
A morte de Genaro marca um duro golpe contra o crime organizado na região, já que ele era responsável por uma extensa rede de atividades criminosas, incluindo o tráfico de drogas, extorsão e roubo de cargas. Sua execução ocorreu após uma troca de tiros com a polícia, durante uma operação do 39º Batalhão da Polícia Militar, que tinha como objetivo desarticular o grupo e conter a crescente violência nas disputas territoriais.
Operação Policial: Uma Resposta Necessária ao Avanço do Crime
A operação que culminou na morte de Genaro faz parte de um esforço contínuo das forças de segurança para retomar o controle de áreas dominadas por facções criminosas, como o Terceiro Comando Puro. Na ação, além de Genaro, um de seus seguranças pessoais, identificado como “Cara Preta”, também foi morto. Com os dois criminosos, a polícia apreendeu um fuzil e uma pistola, armas que simbolizam o poder de fogo das quadrilhas que atuam nessas regiões.
Após a morte dos criminosos, a resposta do tráfico de drogas foi imediata. Em retaliação, os bandidos impuseram um toque de recolher no Complexo de Santa Tereza e no entorno, obrigando o comércio a fechar suas portas. A intimidação dos moradores e comerciantes é uma das estratégias comuns das facções para manter o controle sobre as áreas sob sua influência.
A Prefeitura de Belford Roxo informou que, devido ao toque de recolher, 28 unidades de ensino, incluindo 22 escolas e 6 creches, além de 14 centros de saúde, tiveram suas atividades suspensas. Essa situação de caos reflete o impacto direto que as ações dessas facções criminosas têm sobre a vida cotidiana de cidadãos honestos, que vivem à mercê do terror imposto por essas quadrilhas.
Histórico de Violência e Atividades Criminosas
Geonário Fernandes, mais conhecido como “Genaro”, não era apenas um traficante. Ele controlava diversas atividades ilegais na Baixada Fluminense, incluindo o monopólio na venda de gás e água, além de extorquir motoristas de vans e roubar cargas no Arco Metropolitano. A Polícia Civil também o apontava como o mandante de diversos homicídios na região, sempre executados com requintes de crueldade.
Contra ele, havia pelo menos três mandados de prisão em aberto, relacionados a homicídio, organização criminosa e roubo. Sua liderança no tráfico de drogas era exercida com brutalidade, consolidando seu poder ao eliminar rivais e intimidar qualquer oposição. Um exemplo dessa violência foi o assassinato de um mototaxista em dezembro de 2023. Leandro Gonçalves de Souza foi morto a mando de Genaro, em retaliação por ter transportado um desafeto da facção.
Desde abril, o Disque Denúncia já havia divulgado um cartaz pedindo informações sobre o paradeiro de Genaro, na esperança de que ele fosse capturado. No entanto, sua rede de proteção e o controle territorial que exercia dificultaram as investigações e atrasaram sua prisão. Sua morte em confronto com a polícia, no entanto, encerra uma era de terror na Baixada Fluminense, embora o vácuo de poder deixado por ele possa desencadear novos conflitos.
A operação que levou à morte de Genaro é mais um exemplo da necessária atuação firme das forças de segurança para combater o avanço do crime organizado no Brasil. A postura rígida e as ações enérgicas das autoridades são essenciais para frear o domínio territorial e econômico das facções criminosas que operam em áreas vulneráveis.
A resposta violenta do tráfico, que imediatamente impôs um toque de recolher e interrompeu os serviços essenciais para a população, demonstra a profundidade do poder que essas organizações exercem. No entanto, a morte de Genaro é um sinal de que o Estado não recuará na luta para garantir a segurança da população e restabelecer a ordem em regiões historicamente dominadas pelo crime.
Enquanto as investigações continuam, é necessário que a sociedade permaneça vigilante e confie nas forças de segurança para que ações como essa tragam resultados duradouros no combate à criminalidade. A morte de um líder como Genaro representa um avanço, mas também um alerta de que a batalha contra o crime organizado é longa e exige perseverança e força de vontade.
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