Antes de ser capturado pela polícia nesta terça-feira (6), o miliciano Tubarão, associado a grupos de criminosos, protagonizou momentos de violência. Segundo o delegado Moisés Santana, houve tiroteios e até mesmo o lançamento de uma granada contra os policiais.
Mesmo diante do cerco policial, Tubarão optou por resistir, disparando várias vezes e arremessando uma granada. Em resposta, os policiais reagiram, culminando na captura de Tubarão, conforme relatou o delegado Moisés Santana, responsável pela Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos.
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Tubarão liderava um grupo envolvido em atividades ilícitas em Seropédica e parte de Nova Iguaçu. A localização dele demandou meses de investigação, indicando que tentou se esconder no Complexo da Maré, controlado por traficantes, mas também utilizado por milicianos.
O miliciano Tubarão tinha rivalidade com outro líder de milícia, o Zinho, que está detido desde dezembro. Com a morte de Tubarão, o delegado Mauro César da Silva Jr acredita que os índices de homicídios na região devem diminuir.
“Ele estava sendo investigado por diversos assassinatos, alguns cometidos por ele diretamente e outros encomendados por ele. Certamente, com a prisão de hoje, esperamos uma redução significativa nos casos de homicídios na área”, declarou o delegado Mauro.
O OCORRIDO
A troca de tiros ocorreu na Rua Dona Zica, no bairro Ponto Chic, uma das áreas onde o miliciano atuava. Tubarão foi conduzido ao Hospital da Posse, mas a equipe médica informou que ele chegou sem vida.
Em outubro, um vídeo divulgado nas redes sociais registrou o momento em que Tauã celebrou a morte de Matheus da Silva Rezende, também conhecido como Faustão ou Teteus, sobrinho de Zinho. As imagens mostram fogos de artifício sendo soltos em Seropédica.
O confronto ocorreu durante uma operação conjunta envolvendo a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), a Secretaria de Inteligência (SSinte), a 27ª DP (Vicente de Carvalho) e a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), com o objetivo de capturar o criminoso.
EX AMIGOS?
Tubarão era membro da milícia liderada por Zinho até dezembro de 2022. Em janeiro de 2023, ele avançou até a localidade do KM 32 da antiga Estrada Rio-São Paulo, sob controle da milícia de Zinho, e conquistou parte do território em Nova Iguaçu. Durante essa ação, milicianos adversários foram mortos pela quadrilha de Tubarão.
A partir desse episódio, a polícia relata um aumento nos conflitos na região entre as milícias de Zinho e Tubarão, este último contando com o apoio de traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) em alguns embates contra seu antigo chefe.
Na última segunda-feira (5), três suspeitos ligados à milícia de Tubarão foram detidos após um tiroteio com agentes da 27ª DP (Vicente de Carvalho) em Seropédica. Outras duas pessoas foram levadas para prestar depoimento e posteriormente liberadas.
Durante o confronto, dois policiais civis foram atingidos por estilhaços. As apreensões incluíram um fuzil, duas pistolas, carregadores, munições e roupas camufladas.
Quem era o miliante?
Em 2022, Tubarão foi flagrado dentro de um carro roubado no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste. Na sua residência, encontraram uniformes militares.
A operação foi conduzida por policiais da 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar Especializada na Investigação de Narcomilícia e Crimes Complexos, vinculada à Corregedoria da Polícia Militar. Tauã foi conduzido inicialmente para a 42ª DP (Recreio) e, posteriormente, para a 16ª DP (Barra da Tijuca).
Contudo, os policiais não formalizaram a prisão em flagrante, pois não conseguiram confirmar se o veículo, um Hyundai Creta branco, era efetivamente roubado.
O automóvel foi encaminhado para perícia na Delegacia de Repressão a Furtos de Automóveis (DRFA), e Tauã foi liberado.
O milicano também estava sob investigação por sua participação em ataques a motoristas de van em Campo Grande. A Polícia Civil apura a informação de que, em abril de 2023, ele ordenou que todos os carros circulassem com os vidros abaixados na região.
Em áudios sob investigação, atribuídos ao miliciano, ele ameaça que a punição seria “levar bala” se a ordem não fosse cumprida.
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