A Coronel Claudia Moraes: Um Exemplo de Liderança Feminina na PMERJ

A presença de mulheres em posições de visibilidade nas corporações sempre atraiu a atenção. Embora em muitos setores ainda sejam minoria, algumas áreas têm visto mulheres lutando com garra por seu espaço. Nas polícias, esse fenômeno é notável, especialmente no Brasil. A Coronel Claudia Moraes, primeira porta-voz da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), é um exemplo brilhante dessa evolução.

Claudia Moraes tem desempenhado um papel crucial na PMERJ, não apenas no front administrativo, mas também na linha de frente da luta contra a violência doméstica. Sua contribuição na implementação da Patrulha Maria da Penha, um programa reconhecido pela ONU, é um testemunho de seu compromisso e dedicação. Essa iniciativa visa proteger mulheres vítimas de violência, garantindo que seus agressores sejam monitorados e responsabilizados.

Mulheres na Polícia: Quebrando Estereótipos e Conquistando Espaço

A Coronel Claudia Moraes acredita que a presença feminina nas forças policiais serve como um estímulo para que mais mulheres considerem ingressar na polícia. Ela destaca a importância de superar visões estereotipadas que sugerem que as mulheres estão lá para “humanizar” ou “embelezar” a instituição. “É inegável que há diferenças entre homens e mulheres, mas aspectos como competência e profissionalismo devem vir em primeiro lugar”, afirma Moraes. Ela está confiante de que, com o tempo, a presença das mulheres nas carreiras policiais será tão naturalizada quanto é para os homens.

A trajetória de Claudia na PMERJ começou há 24 anos, quando as oficiais femininas ainda eram uma raridade. Desde então, ela desempenhou diversos papéis importantes, incluindo a Coordenação Estadual de Conselhos Comunitários de Segurança (CCS) e a participação na organização do Dossiê Mulher, um dos relatórios temáticos mais importantes do Instituto de Segurança Pública. Essa experiência foi fundamental para seu envolvimento com o Programa Patrulha Maria da Penha, onde ela trabalhou por quase cinco anos.

Liderança e Transparência: Desafios e Responsabilidades

Atualmente, Claudia Moraes é a coordenadora da comunicação social e porta-voz da Polícia Militar. Ela vê essa posição como uma grande honra e responsabilidade. “Não é simples ser a voz de uma instituição de Estado com mais de 216 anos, que lida diariamente com desafios que vão desde aqueles mais simples do cotidiano até os desafios complexos e extraordinários”, explica. Claudia enfatiza que seu trabalho é sustentado pela confiança do Comando da Corporação, pelo reconhecimento dos feitos da tropa e pelo suporte de sua equipe.

A Coronel Claudia Moraes é pioneira em muitos aspectos, e sua liderança é fundamental para a visibilidade e valorização das mulheres na PMERJ. Ela reconhece os desafios que enfrentou ao longo de sua carreira e continua a lutar por mais espaço para as mulheres na polícia. “Entendo minha atual função como coordenadora da comunicação social e porta-voz da Polícia Militar como uma imensa honra e responsabilidade que me foi confiada pelo alto comando da PMERJ”, diz ela, reforçando seu compromisso com a transparência e a responsabilidade pública.

A primeira vez que Claudia falou sobre os desafios de sua função, destacou a importância da transparência para a instituição e para a sociedade. Ela está ciente de que seu papel envolve não apenas a glória de uma boa operação, mas também o risco de ter que dar explicações em situações difíceis. “Transparência é bom para o escudo e para a sociedade”, afirma, resumindo sua visão de um trabalho honesto e responsável.

A liderança de Claudia Moraes é um farol de inspiração para muitas mulheres que aspiram a carreiras em áreas tradicionalmente dominadas por homens. Sua trajetória na PMERJ é um exemplo de como competência, determinação e um forte senso de responsabilidade podem quebrar barreiras e abrir caminho para futuras gerações de mulheres policiais. Ela prova que, com coragem e dedicação, é possível alcançar posições de destaque e fazer a diferença em uma instituição tão vital para a segurança pública.