Uma facção criminosa, em São João de Meriti, no Rio de Janeiro, teria ordenado toque de recolher e que ônibus passassem a ser recolhidos. Os moradores viveram momentos de terror na última terça-feira (27), e a prefeitura confirmou o fechamento de unidades de saúde durante a operação policial na região. Um helicóptero da emissora RECORD teria flagrado a garagem de ônibus cheia de veículos.
O caso não é uma exceção
O Rio de Janeiro, assim como algumas outras cidades brasileiras, já enfrentou episódios de toques de recolher impostos por grupos criminosos, principalmente em áreas dominadas pelo tráfico de drogas. Essas medidas são geralmente utilizadas como forma de controle territorial e imposição de suas regras.
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Os toques de recolher consistem na proibição de circulação de pessoas em determinadas regiões durante um horário específico, geralmente à noite. Quem desobedece a essa restrição pode enfrentar ameaças, agressões físicas ou até mesmo morte, dependendo da área e da intensidade do controle exercido pelos criminosos.
Em 2020, moradores de diversas comunidades do Rio de Janeiro relatam ter recebido mensagens de traficantes e milicianos impondo toque de recolher, alegadamente relacionado à pandemia do novo coronavírus. O governo estadual impôs restrições para conter a propagação da COVID-19, mas não estabeleceu um toque de recolher com horário definido. No entanto, mensagens nas redes sociais em comunidades como Rio das Pedras, Muzema e Tijuquinha indicam restrições a partir das 20h, gerando preocupações sobre o controle informal exercido por grupos criminosos.
Na comunidade Vila Aliança, zona oeste do Rio, traficantes circulavam com um carro de som anunciando novas regras devido à pandemia. “A partir de hoje, é obrigatório o uso de máscara e bares/comércios devem fechar às 8 da noite. O “toque de recolher” noturno foi estabelecido, alertando moradores sobre consequências ao descumprimento.
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