Propina do PCC: Cabo da PM é expulso após descoberta de esquema

A Polícia Militar de São Paulo (PMSP) expulsou da corporação o cabo Thiago Farias, conhecido como “Alemão da Grande”. Ele foi condenado a 68 anos de prisão por negociar um esquema de propina com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

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O então cabo Farias era lotado no 22º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM-M) e foi preso em 2019 junto com outros 52 PMs do mesmo batalhão, após denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Em sua casa, a Polícia Civil encontrou R$ 47,6 mil em dinheiro.

Segundo a investigação, os PMs envolvidos no esquema se comprometiam a “não reprimir o tráfico de drogas, facilitando a prática do crime”, conforme detalha a denúncia do MPSP. Entre as ações, estavam:

• Ignorar pontos de venda de drogas durante patrulhas;
• Avisar sobre operações policiais;
• Falsificar documentos para evitar apreensões e prisões.

Farias era um dos intermediários entre os PMs e os traficantes do PCC, negociando por telefone os horários e locais para pagamento da propina. Ele chegou a reclamar do valor recebido em uma das conversas interceptadas pela investigação: “É isso aí mesmo?”.

A perda da patente foi publicada no Diário Oficial do Estado na terça-feira (4/3), quase cinco anos após a condenação de Farias pela Justiça Militar em 2019.

Este caso reforça o compromisso da PMSP com a ética e a transparência, punindo com rigor aqueles que se desviam de seus deveres, e que sirva de exemplo para outros que pensam em enveredar pelo caminho da bandidagem. A PM não tolera esse tipo de comportamento. A corporação agiu rápido e expulsou o traidor das fileiras.

Não podemos deixar que casos como esse abalem a nossa confiança na PM. A grande maioria dos policiais são homens e mulheres de bem que arriscam suas vidas para proteger a nossa. São heróis que merecem nosso respeito e admiração.

Que esse caso sirva para fortalecer a PM e para mostrar que a bandidagem não tem vez, nem dentro nem fora da farda.