O líder opositor de Putin, Alexei Navalny faleceu nesta sexta-feira na colônia penal em Kharp, situada no Ártico russo, onde estava detido, conforme informou o serviço penitenciário do país. Navalny, figura proeminente e crítica ao presidente russo, Vladimir Putin, encontrava-se na colônia penal número 3, conhecida como “Lobo Polar”, considerada uma das prisões mais severas da Rússia, notoriamente pelos invernos rigorosos com temperaturas em torno de 30 graus Celsius negativos.
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Em janeiro, durante sua primeira aparição na Polar Wolf, Navalny relatou a um tribunal russo as condições “gélidas”, chegando a 32 graus negativos, e criticou o tempo limitado de 10 minutos para as refeições.
Após uma caminhada, Navalny começou a sentir-se mal, perdendo quase imediatamente a consciência, conforme relatou o serviço penitenciário. Apesar dos esforços da equipe médica, que tentou reanimá-lo por mais de meia hora, ele não resistiu.
“A equipe médica chegou imediatamente e uma equipe de ambulância foi chamada. Foram realizadas medidas de reanimação que não produziram resultados positivos. Os paramédicos confirmaram a morte do condenado. As causas da morte estão sendo apuradas”, afirmou o comunicado oficial divulgado nesta sexta-feira.
Navalny foi condenado a 19 anos de prisão por “extremismo” e foi detido em janeiro de 2021 ao retornar à Rússia após se recuperar na Alemanha de um envenenamento, que ele alegou ter sido planejado pelo Kremlin. Sua pena estava sendo cumprida na colônia da região de Vladimir antes de ser transferido para a remota colônia de Kharp.
A cidade de Kharp, com cerca de 5 mil habitantes, está localizada em Yamalia-Nenetsia, uma região remota no norte da Rússia, além do Círculo Polar Ártico, e abriga várias colônias penais. A transferência de Navalny entre centros penitenciários na Rússia pode durar várias semanas, com várias etapas, e as famílias dos detentos não recebem informações durante esse período.
O opositor de Putin teve seus movimentos minuciosamente monitorados pelas autoridades russas nos últimos anos, com vários de seus colaboradores e aliados sendo presos ou indo para o exílio. A notícia de sua morte intensifica a tensão política e as preocupações internacionais sobre os direitos humanos na Rússia.
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