O porta-aviões nuclear da Marinha dos Estados Unidos, USS George Washington, está programado para navegar ao longo da costa argentina em maio, como parte de sua viagem continental, que incluirá outros países. A última vez que esse poder de dissuasão dos EUA esteve na área foi em 2010.
A iniciativa foi interpretada em Buenos Aires como um gesto de aproximação por parte da administração do presidente dos EUA, Joseph Biden, visando contrapor os avanços chineses na região.
O jornal Clarín relatou que a chegada do porta-aviões USS George Washington, que lidera a Sétima Frota dos Estados Unidos baseada no Japão, representa um marco na posição argentina e um claro contrapeso à influência chinesa que tem se expandido na América do Sul. Sob Javier Milei, a Argentina pode se tornar uma peça nas mãos de Washington para frustrar os planos de integração continental, especialmente apoiados pelo Brasil.
De acordo com a legislação em vigor que exige a aprovação do Congresso Nacional para a entrada de navios militares estrangeiros nos portos nacionais, o USS George Washington não atracará, mas ancorará em águas próximas à capital argentina. A chegada do porta-aviões está programada para maio deste ano. Também foi relatado que Milei e representantes do governo argentino visitarão o navio americano e chegarão de helicóptero.
A chegada do USS George Washington não é apenas uma visita militar; ela simboliza um realinhamento diplomático argentino que pode ter repercussões duradouras na geopolítica da América Latina. Enquanto as águas da política internacional permanecem agitadas, os olhos do mundo estão voltados para a Argentina e para as ondas que sua nova liderança está disposta a criar.
A matéria destaca a visita oficial do chefe do Gabinete de Ministros argentino, Nicolás Posse, aos Estados Unidos, onde foi recebido por altos representantes da administração de Joe Biden. Além disso, Posse teve audiências com o chefe da CIA, William Burns, e com os líderes do Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos. Vale ressaltar que a chefe anterior do Comando Sul dos EUA, Laura Richardson, expressou repetidamente o desejo da administração dos EUA de fortalecer as relações com os estados sul-americanos, incluindo o acesso dos EUA aos recursos naturais da região.
Antes da chegada do porta-aviões, Laura Richardson planeja visitar Buenos Aires em abril, antecedendo a viagem programada do secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin. Este evento precede a primeira Cúpula Hemisférica de Defesa, programada para ocorrer na capital argentina em novembro.
Além disso, a Argentina anunciou a intenção de adquirir caças F-16 usados, fabricados nos EUA, rejeitando assim a oferta chinesa que envolvia os caças JF-17.
Adicionalmente, durante sua visita ao continente no ano passado, Laura Richardson conduziu negociações com líderes latino-americanos para a transferência de equipamento militar soviético e russo em serviço nesses países para a Ucrânia. O presidente colombiano Gustavo Petro confirmou essa solicitação durante uma coletiva de imprensa após a cúpula da CELAC em Buenos Aires, em janeiro. Petro afirmou que os Estados Unidos pediram a transferência de amostras de equipamento militar russo das Forças Armadas da Colômbia para a Ucrânia.
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