No Texas, atualmente, 27 dos 50 governadores dos Estados Unidos expressam apoio à política do estado na fronteira com o México, enquanto outros 10 são contrários às medidas adotadas pelo governador republicano para lidar com a crise migratória na região.
Desde 10 de janeiro, as autoridades federais dos Estados Unidos e o governo do Texas estão envolvidos em uma disputa pelo controle da fronteira do país com o México. A tensão aumentou quando o estado desafiou uma decisão da Suprema Corte que reconheceu a autoridade legal do governo do presidente democrata Joe Biden para remover arames farpados do território que separa os EUA do vizinho hispânico.
Em resposta a essa situação, 25 governadores do Partido Republicano emitiram uma declaração conjunta em apoio às autoridades estaduais e ao direito de autodefesa do governador do Texas. No comunicado, eles acusam o governo Biden de se recusar a tomar medidas ou assumir responsabilidade pela crise na fronteira.
Após a divulgação da carta, apenas um democrata, Jared Polis, governador do Colorado, expressou apoio às políticas de Abbott, incluindo a manutenção das cercas de arame farpado na fronteira. Em contrapartida, 10 governadores alinhados a Biden se posicionaram contra as medidas de controle de imigração adotadas pelo Texas. A maioria dos 23 governadores democratas, incluindo 12, não se manifestou sobre a disputa na região.
ENTENDA O CONFLITO
A contenda entre o presidente dos EUA e o governador do Texas evidencia a acusação de bloqueio de acesso a uma parte da fronteira com o México pelo Estado texano. O presidente busca retomar o controle sobre a região, enquanto o governador almeja uma mudança na jurisdição que concede à Casa Branca quase exclusividade sobre questões de imigração.
Em 22 de janeiro, a Suprema Corte dos EUA deliberou, com uma votação de 5 a 4, que os agentes federais têm permissão para remover os arames farpados instalados pelo Texas na fronteira. Apesar da decisão, o governador Greg Abbott anunciou que implementará mais obstáculos para reforçar a proteção da fronteira, usada por migrantes ilegais como ponto de entrada.
“Nossa intenção é tornar a entrada ilegal no Texas inviável, incluindo a manutenção da Guarda Nacional na fronteira, a construção de mais barreiras, seguindo o exemplo do ex-presidente Trump, e a expansão dos arames farpados pelo Estado do Texas”, afirmou Abbott em entrevista à Bloomberg.
No dia seguinte, em 26 de janeiro, Biden revelou negociações com o Senado para reformas em um acordo sobre a fronteira. Prometendo um controle mais rígido e justo, o presidente busca nova autoridade de emergência para fechar a região quando sobrecarregada.
O democrata mencionou a possibilidade de fechar a fronteira assim que assinar o projeto de lei, enfrentando a oposição republicana nas negociações bipartidárias sobre as fronteiras, enquanto a cidade de Eagle Pass, a cerca de 700 km de Dallas, serve de pano de fundo para a disputa entre o Estado e as Forças Federais dos EUA. Situada próxima a Piedras Negras, no México, a cidade enfrentou uma significativa entrada ilegal de migrantes em setembro, levando o prefeito democrata Rolando Salinas Jr. a declarar estado de emergência. O governo do Texas utiliza esse contexto para reivindicar o controle da situação.
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