A decisão do presidente do STF, ministro Roberto Barroso, de determinar o uso obrigatório de câmeras corporais por policiais militares em São Paulo gerou forte reação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Para o parlamentar, a medida compromete a eficiência e a segurança das forças policiais, desmotivando agentes no exercício de suas funções.
Em uma publicação no X (ex-Twitter), Flávio afirmou que a exigência levará à inibição da proatividade policial, já que o receio de processos judiciais poderá desestimular os agentes a agir em situações de risco. “Criam dificuldade para as polícias e os v4g4bund0s agradecem!”, declarou o senador, indicando que a decisão poderia beneficiar criminosos ao limitar a atuação dos policiais.
O Impacto das Câmeras no Trabalho Policial
A obrigatoriedade de câmeras corporais vem sendo debatida como uma medida para aumentar a transparência e reduzir casos de abuso de autoridade. No entanto, críticos como Flávio Bolsonaro argumentam que a iniciativa pode ter efeitos adversos, como a redução da confiança e da agilidade dos policiais durante abordagens.
O senador citou como exemplo a ADPF 635, conhecida como “ADPF das Favelas”, que trata da implementação de câmeras no Rio de Janeiro e foi recentemente julgada pelo STF. Para ele, a imposição de medidas como essa enfraquece a capacidade operacional das forças de segurança, que passam a temer retaliações judiciais em qualquer intervenção.
“Os policiais vão preferir não correr o risco de errar em serviço, não vão trabalhar por medo de virarem réus. Se a população reclamar, vão dizer: ‘reclama com o Barroso’”, criticou Flávio. Segundo ele, o impacto prático da medida será uma maior vulnerabilidade da sociedade diante da criminalidade.
A Eficiência das Forças de Segurança em Jogo
O uso de câmeras corporais em policiais é um tema polêmico. Enquanto defensores afirmam que a tecnologia promove maior accountability, adversários destacam a potencial burocratização e intimidação das forças policiais. Para Flávio Bolsonaro, a decisão de Barroso é um exemplo de interferência excessiva do Judiciário em questões operacionais, que deveriam ser resolvidas no âmbito dos estados e com participação ativa das corporações.
A fala do senador ecoa preocupações de parte da sociedade, que teme o aumento da violência devido à menor proatividade policial. A implementação de câmeras, nesse contexto, pode ser vista como uma barreira adicional para agentes que já enfrentam desafios significativos no combate ao crime.
Reflexão sobre o Papel da Segurança
Embora o debate sobre transparência nas ações policiais seja legítimo, é essencial ponderar os efeitos colaterais das decisões judiciais sobre a eficiência das forças de segurança. A redução da confiança dos agentes pode ter consequências graves para a população, especialmente em regiões onde a criminalidade é elevada.
O caso de São Paulo será observado com atenção nos próximos meses, servindo como referência para futuros julgamentos e políticas públicas em todo o país. Enquanto isso, o diálogo entre as instituições deve ser priorizado para que a segurança pública seja tratada como um tema estratégico, acima de interesses políticos ou ideológicos.
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