Nos últimos anos, a agenda woke dominou discursos públicos e redes sociais. Nascida com a intenção de combater injustiças sociais, a pauta rapidamente evoluiu para um instrumento de patrulhamento ideológico. Entretanto, sinais de saturação começam a aparecer. Casos como o da “moça do avião” mostram que a sociedade está despertando para os excessos e incoerências desse movimento. Mas seria este o fim da mordaça imposta pelo politicamente correto?
O Caso da “Moça do Avião”: Quando o Cancelamento Falha
No final de 2024, Jeniffer Castro recusou-se a ceder seu assento ao lado da janela de um avião para uma criança, a pedido da mãe do menino. O momento foi filmado e divulgado com o objetivo de promover o linchamento virtual da jovem por “falta de empatia”. Contudo, o resultado foi inesperado: em vez de ser cancelada, Jeniffer ganhou fama instantânea, acumulando milhões de seguidores nas redes sociais e contratos publicitários.
Esse “plot twist” evidencia o esgotamento da paciência popular com as tentativas constantes de policiamento comportamental. A reação de apoio massivo à jovem demonstra que as pessoas estão cansadas de uma cultura que prega empatia, mas age com intolerância.
O Wokismo: De Defesa de Direitos a Mordaça Ideológica
Originalmente, o movimento woke surgiu para trazer visibilidade a causas sociais importantes, como o combate ao racismo e às desigualdades. No entanto, o discurso se radicalizou, transformando-se em uma ferramenta de censura e linchamento moral. Qualquer posição divergente é automaticamente considerada errada ou ofensiva.
Essa inversão de valores levou a uma situação absurda em que o certo virou errado e o errado, certo. Hoje, dizer “não” para uma criança birrenta é visto como falta de empatia. Por outro lado, gravar e expor alguém publicamente sem o consentimento dela é tolerado sob o pretexto de combater injustiças.
Hipocrisia e Contradições: O Desgaste da Cultura do Cancelamento
A hipocrisia da agenda woke fica evidente em casos como o de Jeniffer Castro. A mãe que exigiu o assento não demonstrou empatia, assim como quem filmou o episódio. Nenhuma dessas pessoas considerou o impacto de expor outra pessoa publicamente. A cultura do cancelamento, que antes mobilizava multidões, agora encontra resistência crescente.
Um ponto central dessa resistência é o reconhecimento de que a educação de crianças envolve lidar com frustrações e ensinar limites. Crianças não são minideuses que precisam ser poupadas de todo e qualquer desconforto. Ensinar a aceitar um “não” é essencial para formar adultos equilibrados e resilientes.
A Sociedade Acordou: O Contrawoke Ganha Força
A reação positiva à “moça do avião” indica que a sociedade está despertando para o abuso do politicamente correto. As pessoas não querem mais viver sob o medo constante de serem canceladas por qualquer deslize ou opinião divergente.
Esse fenômeno tem sido chamado de “contrawoke” – um movimento que rejeita a imposição de narrativas unilaterais e defende a liberdade de expressão. A tendência é que cada vez mais pessoas questionem as contradições da agenda woke e se posicionem contra o controle ideológico disfarçado de justiça social.
Conclusão: O Fim da Mordaça?
Embora ainda seja cedo para decretar o fim definitivo da agenda woke, é evidente que sua influência está em declínio. O caso de Jeniffer Castro é apenas um dos muitos exemplos que mostram que a sociedade não aceita mais o discurso vazio e a hipocrisia que permeiam essa cultura.
O que se vê agora é uma população cansada de ser policiada e que deseja recuperar a liberdade de pensar, falar e agir sem medo de represálias. O contrawoke veio para ficar – e talvez estejamos testemunhando o começo do fim da mordaça ideológica que marcou a década passada.
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